Procissões da Semana Santa 
Braga
O fotógrafo
Sou fotógrafo por paixão!
Desde cedo que me lembro do meu pai com sua câmara estilo "rangefinder" com focal fixa, uma Canonet, e das noites mágicas de projecção de slides na sala de estar. Aos 12 anos de idade, a minha mãe deu-me a câmara fotográfica do meu avô, uma Kodak Brownie. Desde então nunca mais parei de fotografar. Aos 18 comprei a minha primeira SLR e aos 20 o meu primeiro laboratório a preto e branco. Tornei-me fotógrafo profissional em Dezembro 1991, após 3 anos a estudar fotografia em Bruxelas, enquanto trabalhava como assistente de fotógrafo para alguns dos grandes fotógrafos da época. A fotografia é a minha maneira de ver o nosso mundo e eu vivo para fotografar!

O projecto
As procissões da Semana Santa em Braga, Portugal, a minha cidade natal, atraem centenas de pessoas todos os anos. Manifestação de culto religioso para alguns, para outros é um género de romaria festiva ou mesmo promoção social.
O tema tem sido exaustivamente explorado todos os anos também em fotografia e estas imagens são a minha interpretação artística mas também crítica de realidade que conheço bem, pois nasci e vivi numa das ruas de passagem das procissões da Semana Santa.
Todas as fotografias foram feitas entre 2005 e 2010.
Procissão de Nossa Senhora da Burrinha
A Procissão da Senhora da "burrinha", designada oficialmente como cortejo bíblico “Vós sereis o meu povo”, é organizada pela Junta de Freguesia e pela Paróquia de São Victor. Surgindo como evocação da procissão de Nossa Senhora das Angústias que marcou o quotidiano da freguesia desde a segunda metade do século XVIII e que integrava uma imagem de Nossa Senhora montada numa burrinha, que a tornou numa das mais populares da cidade de Braga. Realizando-se inicialmente no primeiro domingo de Julho, foi, após um tempo de interregno, integrada na Semana Santa em 1960, tendo decorrido até 1973. Retomada em 1998, deixando de lado o ideário devocional das Dores de Maria, centrou-se na narrativa da história da Salvação, desde Abraão até Jesus Cristo. Um dos últimos quadros repete a tradicional Fugida para o Egipto, com a representação de Nossa Senhora da "burrinha", o quadro mais apreciado pelas pessoas que assistem.
Fonte: Sitio oficial da Semana Santa de Braga
Procissão do Senhor "Ecce Homo"
A Procissão do Senhor «Ecce Homo», organizada pela Irmandade da Misericórdia, é uma das manifestações mais significativas que compõem as solenidades bracarenses da Semana Santa. Popularmente conhecida como a procissão do Senhor da Cana Verde ou dos Fogaréus, evoca o julgamento de Cristo, quando Pilatos, dirigindo-se à multidão, proclamou: “Eis o Homem”, que em latim se pronuncia “Ecce Homo”, daí o nome dado à imagem que é transportada solenemente neste préstito. A origem e fundamento desta procissão deriva das práticas devocionais introduzidas no nosso país pelas Misericórdias. No dia da “desobriga” um préstito de penitentes que percorria as ruas em orações e lamentos. O imaginário ainda hoje é marcado pelo negrume das trevas, numa espécie de apelo ao arrependimento pelos males praticados ou cogitados. 
Os farricocos (ou fogaréus), ainda hoje integrados na procissão, são a personificação dos penitentes que ao longo dos séculos integraram esta manifestação. Além de muitas figuras alegóricas da Ceia e do julgamento de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão alegorias das catorze obras de misericórdia, bem como figuras históricas ligadas à fundação e à história das Misericórdias, especialmente à de Braga. Desde há alguns anos incorporam-se também delegações de Misericórdias de diversos pontos do país.
Fonte: Sitio oficial da Semana Santa de Braga
Procissão do Enterro do Senhor
A Procissão do Enterro do Senhor, organizada pelo Cabido da Catedral, Irmandades da Misericórdia e de Santa Cruz e Comissão da Semana Santa, esta imponente procissão ― de todas a mais solene e comovente ― leva pelas ruas da Cidade o esquife do Senhor morto. É precedido por um andor com a cruz despida e seguido pelo da Senhora das Dores. Acompanham-no aquelas e outras irmandades, cavaleiros das Ordens Soberana de Malta e do Santo Sepulcro de Jerusalém, Capitulares da Sé, corporações diversas e autoridades. Em sinal de luto, os Capitulares e os membros das Confrarias vão de cabeça coberta. Para mostrar a sua dor, as figuras alegóricas ostentam um véu de luto. As matracas dos farricocos vão silenciosas. As bandeiras e estandartes, com tarja de luto, arrastam-se pelo chão.
Fonte: Sitio oficial da Semana Santa de Braga
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